Milhares de iniciativas deram vida ao Ano Paulino, em Portugal e no mundo

18-06-2009 23:08

 

São Paulo: um Apóstolo de todos os tempos

Milhares de iniciativas deram vida ao Ano Paulino, em Portugal e no mundo

 

Milhares de iniciativas deram vida, nas Dioceses do nosso país e no mundo, à celebração do Ano Paulino, que Bento XVI lançou na Igreja entre Junho de 2008 e 29 de Junho deste ano.

Livros, concertos, conferências, debates, CD´s, esculturas, pinturas, exposições, celebrações litúrgicas e encontros ecuménicos são alguns dos exemplos que foram sendo apresentados ao longo do ano, num espaço próprio que a Agência ECCLESIA reservou no seu semanário.

Não foi uma iniciativa marcada por grandes ajuntamentos ou banhos de multidão, mas em cada comunidade foi oferecida a possibilidade de voltar às origens, conhecendo e assimilando os ensinamentos de uma das figuras centrais da história do Cristianismo.

Avaliar um "Ano Paulino" é tarefa impossível, até porque o essencial neste caso não é o que se fez ou se deixou de fazer, mas pela mudança que este conjunto de acções possa provocar no seio de cada comunidade eclesial, com impacto evidente no contexto social, económico e cultural que a rodeia.

Em Portugal, a Conferência Episcopal lançou o "itinerário catequético" intitulado "Um ano a caminhar com São Paulo", da autoria de D. Anacleto Oliveira, que é entrevistado neste Dossier. A Análise de Frei Lopes Morgado, chefe de redacção da Revista Bíblica, da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos onde muitas actividades de um ano Pastoral foram determinadas pela proposta de Bento XVI, é publicada também nesta edição. Depois, o destaque para uma iniciativa, “em cena” no Seminário Maior de Braga, onde S. Paulo esteve exposto através das pinturas de Ilda David.

Entre as intenções do episcopado estava a valorização dos textos paulinos e sessões de estudos sobre São Paulo. A 25 de Janeiro, foi organizada uma grande celebração nacional, presidida pelo Bispo sírio D. Antoine Audo. Milhares de pessoas desafiaram a chuva e marcaram presença no Santuário da Cova da Iria.

D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, diz que a principal lição deste Ano deve ser "vivermos a comunhão, na participação e na corresponsabilidade em Igreja". "Procurámos ajudar a crescer esta semente, constituindo (ou renovando) e formando os diversos órgãos de corresponsabilidade das Comunidades, nomeadamente os Conselhos de Pastoral e dos Assuntos Económicos", recorda.

Este responsável defende que "importa formar Cristãos Leigos que partilhem, em comunidade eclesial, as tarefas de fazer nascer, viver, caminhar e crescer, na comunhão, na participação e na corresponsabilidade, toda a Comunidade paroquial".

 

 Paulo e o Papa

 

No dia 2 de Julho de 2008, Bento XVI deu início a um ciclo de Catequeses, dedicado ao "grande Apóstolo São Paulo", que apresentou como "figura excelsa e quase inimitável, mas de qualquer maneira estimulante, está diante de nós como exemplo de total dedicação ao Senhor e à sua Igreja, bem como de grande abertura à humanidade e às suas culturas".

Ao longo de 20 encontros com peregrinos de todo o mundo, o Papa abordou a vida e obra do Apóstolo e a Igreja que nascia. No final, a 4 de Fevereiro de 2009, Bento XVI defendeu que "a figura de São Paulo sobressai muito além da sua vida terrena e da sua morte; com efeito, ele deixou uma herança espiritual extraordinária".

Para Bento XVI, em Paulo "permanece luminosa diante de nós a figura de um apóstolo e um pensador cristão extremamente fecundo e profundo, de cuja aproximação cada um pode tirar benefícios. Num dos seus panegíricos, São João Crisóstomo instaurou uma comparação original entre Paulo e Noé, expressando-se assim: Paulo "não uniu eixos para fabricar uma arca; pelo contrário, em vez de unir tábuas de madeira, compôs cartas e assim salvou do meio das ondas não dois, três ou cinco membros da própria família, mas toda a 'ecumene' que estava prestes a perecer" (Paneg. 1,5). É precisamente isto que o Apóstolo Paulo ainda e sempre pode fazer. Portanto, inspirar-se nele, tanto no seu exemplo apostólico como na sua doutrina, será um estímulo, se não uma garantia, para a consolidação da identidade cristã de cada um de nós e para o refortalecimento de toda a Igreja".

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